sábado, 8 de março de 2014

De Conspiração à realidade – Invasão do Iraque e a Primavera Árabe

Mesmo com todas as notícias que rodam o mundo tem gente que acha que os EUA é santo.
E quando em 2003, os conspirologos disseram que a Invasão do Iraque pela Coalizão, liderada pelos EUA, para capturarem as armas de destruição em massa presentes no território iraquiano em posse dos terroristas eram apenas um pretexto muito mal empregado para roubarem os recursos naturais do país, em especial, o petróleo. A primeira respostas para o dito foi: ” Ah, isso é só mais uma teoria da conspiração”. E 10 anos de guerra se foram, milhares de mortes e nenhuma arma de destruição em massa sequer. NENHUMA. Documentos do governo revelam que foram discutidos planos de exploração das reservas de petróleo do Iraque entre ministros do governo e as maiores companhias petrolíferas mundiais no ano anterior ao do destacado papel da Grã-Bretanha na invasão do Iraque.
Os documentos, aqui revelados pela primeira vez, levantam novas questões sobre o envolvimento da Grã-Bretanha na guerra, as quais dividiram o governo de Tony Blair e que apenas foi votado após as suas alegações de que Saddam Hussein tinha armas de destruição massiva.
Minutas de uma série de encontros entre ministros e executivos de petrolíferas contradizem a negação de interesse das companhias petrolíferas e de governos ocidentais da altura.
Os documentos não foram apresentados como prova no inquérito Chilcot em curso sobre o envolvimento do Reino Unido na guerra do Iraque. Em Março de 2003, pouco antes de a Grã-Bretanha entrar em guerra, a Shell denunciou as informações sobre conversações na Downing Street relativamente ao petróleo do Iraque como “altamente inexactas”. A BP negou que tivesse qualquer “interesse estratégico” no Iraque, enquanto Tony Blair se referiu à “teoria da conspiração do petróleo” como “completamente absurda”.
Porém, documentos de Outubro e Novembro do ano anterior traçam um quadro bem diferente.
Cinco meses antes da invasão do Iraque em 2003, a baronesa Symons, então ministra do Comércio, disse à BP que o governo pensava dever ser concedida às empresas de energia britânicas uma parte das enormes reservas de petróleo e gás, como recompensa pelo empenhamento militar de Tony Blair nos planos americanos pela alteração do regime.
Os documentos mostram que Lady Symons concordou em fazer lobby junto do governo Bush a favor da BP, visto que a petrolífera gigante receava estar a ser “eliminada” dos acordos que Washington calmamente estabelecia entre os governos americano, francês e russo e as respectivas empresas de energia.
As minutas de um encontro com a BP, a Shell e a BG (anteriormente British Gas) a 31 de Outubro de 2002 referem: “A baronesa Symons concordou que seria difícil justificar que as companhias britânicas no Iraque perdessem dessa forma, quando o Reino Unido tinha sido ele próprio um claro apoiante do governo dos EUA ao longo da crise.”
O ministro prometeu então “dar conta às companhias, antes do Natal” relativamente aos esforços empreendidos.
O Foreign Office convidou a BP a 6 de Novembro de 2002 para falar sobre as oportunidades no Iraque “após a mudança do regime”. As minutas referem: “ O Iraque é o grande futuro no petróleo. A BP está desesperada para entrar e ansiosa que os acordos políticos possam recusar-lhe essa oportunidade.”
Depois de outro encontro, este em Outubro de 2002, o director do departamento do Médio Oriente no Foreign Office, Edward Chaplin, referiu: “A Shell e a BP não podiam tolerar não tomarem parte activa no Iraque tendo em vista o seu futuro a longo prazo… Ficámos determinados em obter uma fatia aceitável da acção para as companhias do Reino Unido num Iraque pós-Saddam.”
Enquanto a BP insistia em público que “não tinha interesse estratégico” no Iraque, dizia em privado ao Foreign Office que o Iraque era “mais importante do que tudo o que temos visto desde há muito”.
A BP estava preocupada com possibilidade de Washington permitir que o contacto já existente entre a TotalFinaElf e Saddam Hussein se mantivesse após a invasão, o que faria do conglomerado francês a maior companhia petrolífera do mundo. A BP disse ao governo que pretendia assumir “riscos elevados” a fim de obter uma parte das reservas do Iraque, as segundas maiores do mundo.
Mais de 1000 documentos foram obtidos em cinco anos a coberto da liberdade de informação pelo especialista em petróleo Greg Muttitt. Revelam que houve nos fins de 2002 pelo menos cinco reuniões entre civis, ministros e a BP e a Shell.
Os contratos a 20 anos assinados na sequência da invasão foram os maiores na história da indústria do petróleo. Cobriram metade das reservas do Iraque – 60 mil milhões de barris de petróleo, comprados por companhias como a BP e a CNPC (China National Petroleum Company), cujo consórcio conjunto só por si espera fazer £403m ($658m) de lucros por ano com o campo de Rumaila no sul do Iraque.
Em abril de 2011, o Iraque elevou a produção de petróleo ao nível mais elevado da última década, 2,7 milhões de barris por dia, valor especialmente importante neste momento dada a volatilidade da região e a queda da produção líbia. Muitos dos opositores da guerra suspeitaram que uma das principais ambições de Washington na invasão do Iraque foi garantir uma fonte de petróleo barata e abundante.
Muttitt, cujo livro “Fuel on Fire”  disse: “Antes da guerra, o governo insistiu longamente que não tinha qualquer interesse no petróleo do Iraque. Estes documentos fornecem a prova de que essa pretensão é mentira”.
“Vemos que o petróleo constituía de facto uma das mais importantes considerações estratégicas do governo e que houve conluio secreto com companhias petrolíferas para lhes dar acesso a esse prémio enorme.”
Lady Simons, de 59 anos, ocupou posteriormente o posto de consultora num banco comercial britânico que lucrou com os contratos de reconstrução do Iraque pós-guerra. No mês passado, ligou-se como consultora não-remunerada ao National Economic Development Board da Líbia depois de o Coronel Gaddafi começar a disparar contra os dissidentes. A BP e a Shell recusaram comentar.
Não era pelo petróleo? O que foi dito antes da invasão
* Memorandum do Foreign Office, 13 de Novembro de 2002, a seguir à reunião com a BP: “O Iraque é o grande futuro no petróleo. A BP está desesperada para entrar e ansiosa que os acordos políticos não lhe neguem a oportunidade de competir. O potencial a longo prazo é enorme…”
* Tony Blair, 6 de Fevereiro de 2003: “Deixem-me falar do assunto do petróleo porque… honestamente, a teoria da conspiração do petróleo é uma das mais absurdas quando a analisamos. O facto é que, se o petróleo do Iraque fosse a nossa preocupação, posso dizer que podíamos provavelmente chegar amanhã a acordo com Saddam em relação ao petróleo. Não é o petróleo que é a questão, são as armas…”
* BP, 12 de Março de 2003: “Não temos qualquer interesse estratégico no Iraque. Se quem quer que chegar ao poder quiser envolvimento ocidental depois da guerra, caso haja guerra, o que sempre dissemos é que deverá ser a nível de competitividade igual. Não forçamos de nenhuma forma o nosso envolvimento.”
* Lord Browne, então director executivo da BP, 12 de Março de 2003: “Não é, nem na minha opinião, nem na da BP, uma guerra de petróleo. O Iraque é um produtor importante, mas deve decidir o que fazer com o seu património e o seu petróleo.”
* A Shell, a 12 de Março de 2003, afirmou que as informações sobre ter discutido oportunidades para o petróleo com a Downing Street eram “altamente inexactas”, acrescentado: “Nunca procurámos encontros com funcionários do governo britânico sobre a questão do Iraque. O assunto só surgiu durante as conversas nos encontros normais que temos de vez em quando com funcionários… Nunca pedimos ‘contratos’.”
É amigo, era apenas mais uma dessas “teorias da conspiração”…
Primavera Árabe 
Eu sei… você assim como eu deve ter pensado quando viu a primeira reportagem sobre a “Primavera Árabe” que finalmente o povo havia se revoltado contra o imperialismo. Confesso que, por muito tempo, acreditei nisso. Mas com o desenrolar dos acontecimentos, a realidade começou a aparecer. Os ditos “rebeldes” estavam recebendo apoio direto de mega corporaçoes do ramo energetico. Armas dos governos do EUA e França. Já havia exercito de rebeldes treinando antes mesmo do tunisiano inventar de colocar fogo em si e dar inicio aos protestos que desencadearam a primavera arabe. Pronto. Lá estamos nós com a verdade novamente. Primavera do Petroleo Arabe. Convenhamos que o Gaddafi não era uma das melhores pessoas do mundo. De fato, era um bandido, assim como alguns governos por aí são. Contudo, o circo armado pela imprensa internacional mostra claramente que, o que houve foi mais uma manipulação da opinião das massas. Por que não houve um jornal sequer que mencionasse o fato que Gaddafi queria retirar o dolar da Líbia e de todo Oriente Médio, adotando uma moeda própria? Por que ninguém fala que, nas mãos de Gaddafi a Libia cresceu exponencialmente durante os ultimos anos e que o dinheiro do petróleo era distribuído para população? Por que ninguém fala que Gaddafi proibiu a entrada de empresas multinacionais para explorar os recursos em seus territórios? Para você ter uma noção leia o texto da renomada revista suíça “Schweizmagazin”, que publicou uma relação das “crueldades” de Muhamar Kadafi para com o seu povo:
Os “sofrimentos” que o tirano provocou durante quatro décadas:
1. Não havia conta de luz na Líbia, porque a eletricidade era gratuita para todos.
2. Créditos bancários, nos bancos estatais, eram sem juros (para todos – por lei expressa).
3. Casa própria era considerada como direito humano, universal.
4. Recém-casados recebiam US$ 50 mil para comprar casa e iniciar a vida familiar.
5. Educação e saúde eram gratuitas.
6. Quem não encontrou formação universitária ou tratamento de saúde desejados recebia financiamento para ir no exterior, adicionalmente US$ 2.300,00 mensais para moradia e carro.
7. Agricultores iniciantes recebiam terra, casa, equipamentos, sementes e gado gratuitamente.
8. Na compra de automóvel, o estado contribui com subvenção de 50%
9. Preço do litro de gasolina: 0,10 Euro = R$ 0,23
10. Faltando emprego após a formação profissional, o estado pagava salário médio da classe até achar vaga.
11. A Líbia não tinha dívida externa – as reservas de U$ 150 bilhões, agora, estão retidas.
12. Parte de toda venda de petróleo erai diretamente creditada na conta de cada cidadão.
13. Mãe que deu à luz, recebia US$ 5.000,00.
14. Na Líbia, 25 % da população têm curso superior.
15. Kadafi iniciou o projeto GMMR (“Grande Rio feito por Homem”): Água para as pessoas e para a agricultura.
Mas, graças Deus, à OTAN e aos rebeldes, o povo líbio agora está livre de tudo isso.

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